Colar Elizabetano: tudo que você precisa saber
- Lauriane Tramontina Zeni
- 24 de abr. de 2024
- 5 min de leitura
Essencial na recuperação pós-cirúrgica ou no tratamento de lesões dos pets, o colar Elizabetano é popularmente conhecido como cone, cone da vergonha ou abajur, e ao indicarmos, é comum que muitos tutores tenham dúvidas em relação ao modelo e tamanho ideal para o seu pet.Por isso, neste texto, te ajudaremos a entender mais os modelos existentes e como saber o tamanho ideal.

Quando e por que usar colar Elizabetano?
Após cães e gatos passarem por uma cirurgia, ou entrarem em um tratamento específico, como para os olhos, é essencial seguir medidas que os ajudem no processo. Naturalmente, o colar causa alguns desconfortos, já que não é algo que são acostumados a usar no dia a dia, entretanto, o colar Elizabetano impede que o animais lambam, mordam ou perturbem a área afetada, reduzindo o risco de infecções e evitando danos nos pontos.
Antes de aprofundarmos, é necessário entender que atualmente as opções são mais diversas e além dos tradicionais feitos de plástico, que são mais rígidos, temos outros mais flexíveis, como os infláveis ou tecidos. No fim do texto, falo mais sobre cada opção!
Escolha do colar Elizabetano
A escolha do colar apropriado depende do porte do animal, da área cirúrgica e de seu comportamento individual.
A numeração de um colar Elizabetano, tradicionalmente disponível de 1 a 10, costuma corresponder ao diâmetro interno do colar, medido na parte mais larga, ou seja, a parte que vai ao redor do pescoço do animal. Essa medição é fundamental para garantir que o colar se ajuste confortavelmente ao redor do pescoço, evitando que ele consiga alcançar a área cirúrgica ou lesionada.
E especialmente nos casos oftálmicos, o colar Elizabetano ajuda os animais não coçarem e consequentemente, infectarem o local.
As medidas de cones Elizabetanos costumam variar de acordo com os fabricantes, mas geralmente sua numeração corresponde ao diâmetro interno do colar. As medidas mais comuns e as raças* que, normalmente utilizam-as:
Tamanho 1 - 7 a 12 cm de diâmetro: Chihuahua, Pinscher Miniatura
Tamanho 2 - 10 a 15 cm de diâmetro: Yorkshire Terrier, Shih Tzu
Tamanho 3 - 12 a 20 cm de diâmetro: Cocker Spaniel, Beagle
Tamanho 4 - 15 a 25 cm de diâmetro: Bulldog Francês, Border Collie
Tamanho 5 - 20 a 30 cm de diâmetro: Labrador Retriever, Golden Retriever
Tamanho 6 - 25 a 35 cm de diâmetro: Pastor Alemão, Boxer
Tamanho 7 - 30 a 40 cm de diâmetro: Dogue Alemão, São Bernardo
Tamanho 8 - 35 a 45 cm de diâmetro: Mastiff, Rottweiler
Tamanho 9 - 40 a 50 cm de diâmetro: Mastim Inglês, Dogue de Bordeaux
Tamanho 10 - 45 a 55 cm de diâmetro: Grandes Mastins, Wolfhound Irlandês
* Embora cada animal tenha seu tamanho único, e características próprias, essas são medições aproximadas de algumas raças, para ajudar na escolha do tamanho do seu colar Elizabetano.
Fique tranquilo, a maioria das marcas oferecem ajustes manuais, com até 3 opções de medidas, facilitando muito e tornando-o mais confortável ao pet.
Cuidado ao selecionar o colar Elizabetano para seu gato:
Escolha uma opção que não encoste nos bigodes do seu gato. Como a visão do animal já estará rapidamente prejudicada, o gato precisa de seus bigodes para auxiliá-lo.
Como medir a circunferência do pescoço do seu pet?
1. Use uma fita métrica flexível.
2. Envolva suavemente a fita ao redor do pescoço do cão, posicionando-a na base, onde um colar normalmente ficaria.
3. Certifique-se de que a fita esteja justa, mas não apertada demais.
4. Marque ou segure o ponto onde a fita completa a circunferência do pescoço.
5. Meça o comprimento marcado com uma régua ou fita métrica para determinar a circunferência do pescoço.
Para evitar o desconforto e garantir que o colar Elizabetano cumpra sua função, é essencial que o focinho do animal não fique para fora da área de cobertura do colar para que ele não alcance a ferida e dificulte uma possível infecção nos olhos, quando o tratamento for referente a saúde ocular.
Dica: o colar não pode ficar apertado demais no pescoço do pet, podendo ocasionar problemas e até dificultar a respiração. Ao colocar o colar no seu animal, deixe a medida de um dedo entre o colar e o pescoço.
Dica 2: Se você encontrar apenas colares grandes, experimente deixar a coleira junto ao colar.
Quanto tempo meu pet deve usar o colar Elizabetano?
Quem deverá responder essa dúvida é o profissional que indicou, após avaliação da recuperação e seu processo de cura.
Tipos de colar Elizabetano
Colar Elizabetano de plástico
Sua principal característica é a alta resistência e por isso, é muito indicado para aqueles animais mais agitados, que naturalmente, dedicam-se para tentar remover o acessório.
Um diferencial é que, por ser resistente, evita que o pet acabe batendo em paredes e outros objetos que ficam fora do campo de visão por conta do acessório. Apesar de ser de plástico, a maioria dos modelos tem uma borda de borracha ou mesmo tecido, que permite o contato do animal com o acessório sem risco de machucar. Normalmente é o modelo mais barato.
Colar Elizabetano de tecido
Sua principal característica é a mobilidade, porém, por consequência é menos resistente e não impede que o pet se machuque esbarrando em paredes. Também não é muito indicado para animais mais agitados. Como principal benefício, o pet consegue se movimentar melhor do que com a versão anterior, em plástico, uma vez que seu material é maleável.
Colar Elizabetano de espuma
Menos desconfortável que o colar elizabetano de plástico e mais proteção do que o colar elizabetano de tecido, esta opção oferece mais mobilidade e por possuir um preenchimento de espuma, ajuda a amortecer possíveis batidas e esbarrões.
Seu diferencial é oferecer maior conforto ao bichano e uma proteção extra ao de tecido.
Colar Elizabetano inflável
Lembra daquele travesseiro de pescoço usado em viagens? Então, o colar elizabetano inflável é uma versão bem próxima a ele.
A maior vantagem, é que este modelo não afeta o campo de visão, porém, como consequência, não protege tanto os olhos dos seus pets durante um tratamento veterinário oftalmológico.
Se o caso do tratamento do seu animal não for oftálmico, questione seu médico veterinário sobre essa opção muito mais confortável.

Acervo pessoal: Paciente com colar conforto
É fundamental proporcionar proteção e ao mesmo tempo, o conforto necessário para seu animal acessar água e comida com naturalidade. Seus movimentos também precisam ser preservados.
Questione sempre seu médico veterinário quanto ao melhor modelo!
Tenha acesso a mais conteúdos sobre a saúde ocular dos animais
Em meu Instagram gravei diversos vídeos, curtos e bem diretos, sobre como proporcionar saúde e bem-estar aos pets, alertando sobre possíveis doenças e como tratá-las
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Vet. Oftalmo Maíra Haase
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